Ciclotimia x Transtorno Bipolar
- Cris Beckert
- 20 de mai.
- 2 min de leitura

A ciclotimia, também conhecida como transtorno ciclotímico, é uma forma mais branda e
crônica do transtorno bipolar. Caracteriza-se por oscilações persistentes de humor, com
episódios alternados de hipomania (elevação leve do humor) e depressão leve. Embora os
sintomas sejam menos intensos do que no transtorno bipolar tipo I ou II, eles podem causar
prejuízos significativos na vida social, profissional e afetiva do indivíduo.
Sintomas da Ciclotimia
• Fases hipomaníacas: aumento de energia, otimismo exagerado, irritabilidade,
menor necessidade de sono, impulsividade.
• Fases depressivas: desânimo, baixa autoestima, perda de interesse em
atividades, sensação de inutilidade, alterações no apetite e no sono.
Esses ciclos são mais leves do que os do transtorno bipolar, mas são mais frequentes e
duradouros, com oscilações que podem ocorrer por semanas ou até meses. O diagnóstico
geralmente é feito após pelo menos dois anos de sintomas em adultos. A principal diferença
está na intensidade dos episódios. No transtorno bipolar, as fases de mania e depressão são
mais graves, podendo exigir internação e apresentar sintomas psicóticos. Já na ciclotimia, os
episódios são menos intensos e geralmente não comprometem tanto o senso de realidade,
mas ainda assim impactam a qualidade de vida.
A psicoterapia desempenha um papel fundamental no tratamento da ciclotimia. Através dela,
o paciente aprende a reconhecer padrões de humor, a desenvolver estratégias de regulação
emocional e a lidar com situações de estresse de forma mais saudável.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes, mas outras
modalidades também podem ser benéficas, dependendo do perfil do paciente. Além disso, a
psicoterapia ajuda na adesão ao tratamento médico, quando necessário, e contribui para o
fortalecimento da autoestima e das habilidades de enfrentamento.
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