O que é funcionamento perverso e quais transtornos podem estar associados?

O termo "funcionamento perverso" é usado principalmente na psicanálise e na psicologia para descrever um padrão de comportamento caracterizado pela manipulação, exploração e

controle dos outros para obter prazer ou satisfação pessoal, muitas vezes ignorando ou

desconsiderando o bem-estar alheio. Este conceito é frequentemente associado a certos

transtornos de personalidade e não deve ser confundido com a perversão sexual, embora

possa incluir comportamentos sexuais desviantes.

Características do Funcionamento Perverso:

1. Manipulação: Uso de táticas de controle e manipulação para dominar ou influenciar os

outros, frequentemente de maneira sutil e calculada.

2. Exploração: Uso dos outros como objetos para satisfazer necessidades ou desejos pessoais,

sem consideração pelos sentimentos ou direitos deles.

3. Falta de Empatia: Incapacidade ou recusa de reconhecer e respeitar os sentimentos e

necessidades dos outros, frequentemente levando a comportamentos frios e insensíveis.

4. Desprezo pelas Normas Sociais: Violação de regras e normas sociais para obter o que deseja,

sem preocupação com as consequências para os outros.

5. Jogo Psicológico: Envolvimento em jogos mentais e emocionais para desestabilizar ou

confundir os outros, muitas vezes para afirmar domínio ou poder.

6. Racionalização: Justificação dos comportamentos manipulativos e exploradores como sendo

necessários ou até mesmo benéficos, negando ou minimizando o impacto negativo sobre os

outros.

Entre os Transtornos de Personalidade associados ao funcionamento perverso temos:

- Transtorno de Personalidade Narcisista: Caracterizado por um senso grandioso de

autoimportância, necessidade de admiração e falta de empatia.

- Transtorno de Personalidade Antissocial: Envolve um padrão de desrespeito e violação dos

direitos dos outros, impulsividade e ausência de remorso.

O "funcionamento perverso" é um padrão complexo e destrutivo que pode causar sérios danos

emocionais e psicológicos às vítimas. A intervenção terapêutica pode ser necessária tanto para

a pessoa que exibe esse funcionamento quanto para aqueles afetados por seus

comportamentos.