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Síndrome Disexecutiva e TDAH em Adultos: Quando o cérebro perde o controle executivo

A síndrome disexecutiva é um conjunto de alterações cognitivas e comportamentais causadas por disfunções no chamado sistema executivo do cérebro, localizado principalmente no lobo frontal. Essa região é responsável por funções como planejamento, organização, controle inibitório, tomada de decisões, flexibilidade mental e autorregulação — ou seja, pelas habilidades que nos permitem agir com intenção, foco e controle.


🧠 O que é a síndrome disexecutiva?


A síndrome disexecutiva não é um diagnóstico clínico isolado, mas sim uma descrição de um perfil de funcionamento comprometido das funções executivas, que pode aparecer em diversas condições neurológicas e psiquiátricas.


Pessoas com essa síndrome podem apresentar:

• Dificuldade em planejar e organizar tarefas;

• Problemas em iniciar ou concluir atividades;

• Impulsividade e dificuldade em inibir comportamentos inadequados;

• Perseveração (repetição de ações ou pensamentos);

• Desatenção e dificuldade em manter o foco;

• Baixa flexibilidade cognitiva, com rigidez de pensamento ou comportamento;

• Fadiga mental e sensação de sobrecarga com tarefas simples.


🔄 Como isso se relaciona com o TDAH em adultos?


O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição do neurodesenvolvimento que também afeta diretamente o funcionamento executivo. Em adultos, o TDAH muitas vezes não se manifesta com hiperatividade visível, mas sim com déficits nas funções executivas, o que pode se confundir com ou até ser descrito como uma síndrome disexecutiva funcional.


Isso significa que muitos adultos com TDAH apresentam sintomas como:

• Esquecimento frequente;

• Procrastinação crônica;

• Desorganização;

• Incapacidade de priorizar tarefas;

• Impulsividade emocional e comportamental;

• Dificuldade em manter metas a longo prazo.


Ou seja, o TDAH em adultos é frequentemente acompanhado por um perfil disexecutivo, mesmo que não haja lesão cerebral estrutural.


⚠️ Diagnóstico diferencial e importância da avaliação


É importante diferenciar a síndrome disexecutiva causada por doenças neurológicas adquiridas (como traumatismo craniano, AVC, demências) daquela presente em condições do neurodesenvolvimento, como o TDAH. Embora os sintomas possam ser semelhantes, as causas e abordagens clínicas são distintas.


A avaliação neuropsicológica é fundamental para:

• Mapear o funcionamento executivo com testes específicos;

• Identificar se há prejuízo clínico significativo;

• Ajudar no diagnóstico diferencial entre TDAH, transtornos de humor, lesões cerebrais ou doenças neurodegenerativas;

• Orientar o tratamento mais adequado (psicoterapia, psicoeducação, medicação ou reabilitação neuropsicológica).



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A associação entre síndrome disexecutiva e TDAH em adultos é cada vez mais reconhecida na prática clínica. Entender que os prejuízos não são “falta de força de vontade”, mas resultado de um funcionamento cerebral distinto, ajuda na redução do estigma e na busca por tratamento efetivo.


A identificação precoce e precisa pode transformar a rotina e a autonomia de quem convive com essas dificuldades diariamente.

 
 
 

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